Em cada blog semanal que eu escrevo, Deus me faz navegar numa trajectória de estudos diversos, desde buscas de artigos na internet, como livros também. Quando deparei-me com esse tema, assustei, pois confesso que eu mesma não sabia que viver ou namorar com um homem avarento, pode levar a experimentar violência financeira. Agora imagina uma pessoa avarenta que evita gastos que ele considera desnecessários, usa as mesmas coisas por anos e tem dificuldade de compartilhar, relacinando-se com alguém que gasta de formas compulsiva? O resultado será um relacionamento de violência financeira.
Como está escrito no livro de Oséias 4:6. “O meu povo é distruído por falta de conhecimento“, é importante definirmos as diferenças de cada cenário , para depois saberes como aplicar mudanças como aconselhei no meu blog de título “Não negociáveis” .
Mas o que é violência financeira? Quando um parceiro exercita controle sobre o acesso do outro parceiro nas finanças da família, diminuindo a capacidade da vítima se tornar indempendente financeiramente, forçando-a a dependência do agressor, isso define-se como violência financeira. No final, o objectivo do agressor é de certificar que a vítima tenha dependência financeira, de formas a impedi-la de um dia deixar o relacionamento.
Esbanjador, um perdulário, aquele que gasta muito dinheiro sem necessidade e acaba não economizando.
Avarento é uma pessoa mesquinha, que não é generoso e que não faz caridade. Uma pessoa sordiamente apegada ao dinheiro.
Violência financeira acontece quando alguém no relacionamento exerce restrições ao acesso ao dinheiro incluindo para necessidades básicas da família, controle sobre todas as decisões financeiras, proíbe o parceiro de arranjar emprego, faz mau uso dos ativos da família, coerção a ativos ou usa a depedência financeira (para quem opcionalmente não quer trabalhar como homens que perderam empregos), para manipular e manter poder no relacionamento.
Como livrar-se deste tipo de violência? O ideial seria evitar relacionar-se com pessoas que têm valores diferentes do o seu, como frisei no blog, Antes Pensa, como também o blog Como identificar quem te ama sem fingimento. Mas infelizmente nós mulheres temos o péssima defeito de achar que temos capacidade de mudar as pessoas, esquecendo-nos que somente Deus pode fazer isso. Casamento como descreve a bíblia no mundo oriental antigo e ainda nota-se no mundo árabe, foi para proporcionar proteção, alimentação e vestuário a mulher (Êxodo 21:9-11), tudo contrário ao que se vê nos dias de hoje.
Mulheres há que também não conseguem ficar sem gastar dinheiro sem necessidade. Uma das formas para o parceiro ajudar a resolver isso é:
Ser transparente no que ganha. Mulheres e filhos acham sempre que os homens ganham mais do que dizem. Seja sincero e transparente
Não seja violento quando tentar implementar mudanças na gestão dos gastos no lar, pois lembre-se que a única pessoa que tem poder de mudar alguém é só Deus. Em tudo, peça sempre a Deus para conceder o desejo do seu coração
Crie um balancete de gastos mensais e tenta ao máximo cumprir a lista, tendo sempre em conta uma reserva para poupanças e emergências, como expliquei no blogue da semana passada de títilo: “5 Soluções para as mães solterias”, no ponto com o título Instabilidade Financeira
Tenha um cartão de débito limitado com o valor estipulado para os gastos mensais
Evite créditos para gastos correntes. Use o dinheiro que tem em mãos
Em situação de violência financeira:
1. Procure ajuda: fale com amigos, familiares, professionais que lhe possam suportar emocionalmente e estrategicamente. Não fale com quem só ouve e também com quem só te agita. No final você quer terminar a violência no lar e não necessariamente se divorciar, por isso, procure quem te explique como fazer, mas que também esteja presente para emocionalmente te apoiar, pois vais precisar
2. Eduque-se sobre os seus direitos: estude sobre as leis financeiras, sua aplicabilidade, direitos e deveres. Tenha coragem de lutar pelos seus direitos porque “Deus não nos deu um espírito de temor....” 2 Timóteo 1:7
3. Se voçê é quem trás mais dinheiro em casa e ele abusa das suas finanças, mude palavras chaves da sua conta, deixe de partilhar sobre bonus ou promoções que obtivestes no serviço, e se têm uma conta conjunta, não lhe dê o cartão multicaixa. No banco, declare-lhe o direito a levantamento de somente 15% - 25% do valor líquido total de sua conta
4. Crie um plano de segurança para casos de emergência: Transfira mensalmente parte do seu dinheiro para uma conta escondida. Mantenha documentos como passaporte, BI, diplomas escolares e outros, num lugar fora do acesso da pessoa abusiva pois nunca se sabe da sua reação quando começares a enfreta-lo para cumprir os seus deveres financeiros no lar
Em tudo, consulte sempre um profissional como um advogado ou conselheiro matrimonial, para obteres uma orientação mais eficaz. Consultar um advogado não significa que estás a querer partir para o divórcio, eles também são úteis para conselhos legais para melhor te posicionares. No final de tudo, cabe a voçê decidir o que fazer quando os seus direitos e dos seus filhos são violados. Voçê mulher foi eleita por Deus como gestora do seu lar e homens, o cabeça, valorizem o vosso papel.
Escritora: Arlette Pitra, trabalhadora executiva e mentora
Kommentare